O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta quinta-feira (30), um reajuste de 6,27% no piso salarial dos professores da educação básica. Com o novo valor, o pagamento mínimo da categoria, que antes era de R$ 4.580, passa a ser de R$ 4.867,77 para docentes com carga horária de 40 horas semanais.
O aumento foi confirmado pelo ministro da Educação, que destacou a importância da valorização dos profissionais da educação. A decisão foi oficializada pela Portaria MEC nº 77, de 29 de janeiro de 2025.
Apesar da medida, ainda há desafios no cumprimento do piso salarial em diversos municípios. Muitos gestores municipais questionam a aplicação do valor, que é definido anualmente com base no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O valor por aluno tem gerado insegurança jurídica, já que o cálculo do reajuste não oferece previsibilidade. Em 2022, por exemplo, o aumento foi de 33%, enquanto no ano passado, o reajuste foi de apenas 3,62%, abaixo da inflação.
Além do reajuste salarial, o governo também anunciou no início do mês o programa Mais Professores, que visa fortalecer a formação e a permanência de docentes na rede pública. A iniciativa oferece benefícios como bolsas de até R$ 2.100 mensais, além de um cartão de crédito exclusivo do Banco do Brasil, sem anuidade. O programa, que já conta com R$ 1,7 bilhão garantidos no orçamento de 2025 e 2026, tem como foco atrair profissionais para áreas com maior carência de professores.
Atualmente, o Brasil conta com 2,3 milhões de docentes e 47 milhões de alunos na educação básica. A expectativa é que, com os novos incentivos e o reajuste salarial, o setor consiga avançar na melhoria da qualidade do ensino.
