Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal investiga um grupo suspeito de aplicar golpes financeiros que teriam lesado mais de 50 mil pessoas no Brasil e no exterior. Essa é a segunda fase da ação, iniciada em 2023, e tem como alvo pastores que, segundo as autoridades, persuadiam fiéis a acreditar que receberiam grandes quantias de dinheiro como uma “bênção financeira”.
A promessa de retorno era exorbitante: vítimas eram convencidas a investir pequenas quantias com a expectativa de lucros astronômicos, chegando à cifra surreal de um “octilhão” de reais. Para manter o esquema, os envolvidos utilizavam redes sociais e contratos falsos, alegando que os valores estavam registrados no Banco Central e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
Nesta fase da operação, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de valores, a suspensão de contas em redes sociais e a proibição de uso de mídias digitais pelos suspeitos.
Na primeira etapa da investigação, a polícia revelou que o grupo movimentou R$ 156 milhões em um período de cinco anos. Para viabilizar as fraudes, foram criadas 40 empresas fantasmas e mais de 800 contas bancárias suspeitas foram utilizadas.
As autoridades alertam que os criminosos usavam a fé das vítimas para manipular e convencê-las a investir suas economias em promessas irreais de enriquecimento. O caso segue sob investigação, e novas prisões não estão descartadas.