O icônico jornalista William Bonner, que comanda o Jornal Nacional desde 1996, pode estar com seus dias contados à frente do principal noticiário da TV brasileira. De acordo com informações apuradas pelo colunista Flávio Ricco, do Portal Leo Dias, e fontes do Notícias da TV, a Globo já trabalha com a possibilidade de Bonner deixar o programa após a próxima eleição presidencial, em 2026. O substituto já está definido: Cesar Tralli, atualmente à frente do Jornal Hoje e da Edição das 18h na GloboNews, assumirá a bancada.
A possível saída de Bonner não é um boato novo, mas, desta vez, as especulações parecem estar mais próximas da realidade. A Globo chegou a considerar fazer o anúncio oficial durante o evento Upfront 2025, que aconteceu recentemente, mas a emissora optou por manter a novidade em segredo para evitar que ela ofuscasse outros anúncios.
Bonner, que completará 30 anos no comando do Jornal Nacional em 2026, tem a decisão final sobre sua saída. Caso ocorra, será um marco no jornalismo brasileiro, encerrando um ciclo histórico. Além de âncora, Bonner exerce o cargo de editor-chefe do telejornal desde 1999, papel que Tralli não herdará.
Cesar Tralli, que começou sua carreira na Globo como correspondente internacional em Londres entre 1995 e 2000, vem se destacando cada vez mais na emissora. Além de seu comando no Jornal Hoje, ele já dividiu a bancada do Jornal Nacional com Renata Vasconcellos em julho de 2024, ocasião em que a âncora destacou o momento histórico. “Hoje quem apresenta o Jornal Nacional comigo é o Cesar Tralli. Pela primeira vez, a gente está junto [na bancada]”, disse Renata durante uma chamada do telejornal.
Com 37 anos de carreira no jornalismo, Tralli já passou por veículos impressos, rádio e televisão, tendo construído uma sólida trajetória na Globo, onde, desde 2011, atua como âncora do SP1. Com a provável saída de Bonner, Tralli será o novo rosto do principal noticiário do país, mantendo a tradição de credibilidade e seriedade da emissora.
Fim de uma era?
William Bonner iniciou sua carreira na Globo em 1986, quando foi convidado a apresentar o SPTV – 3ª Edição. Ele rapidamente ganhou destaque e assumiu a bancada do Jornal Nacional em 1996, após passar por programas como Jornal Hoje, Jornal da Globo e Fantástico. Bonner se consolidou como uma das principais vozes do jornalismo nacional, sendo uma referência em ética e comunicação.
A emissora, por sua vez, se prepara para a transição, mas mantém a decisão final nas mãos de Bonner. Caso ele opte por deixar o posto, sua saída marcará o fim de uma era no jornalismo televisivo brasileiro.
