Pires do Rio (GO) – O prefeito Hugo do Laticínio usou a tribuna da Câmara Municipal, na manhã desta quarta-feira (30), para expressar indignação com a demora na aprovação do projeto habitacional que prevê a construção de 72 casas populares com custo zero para famílias em situação de vulnerabilidade. A proposta tramita há mais de 30 dias no Legislativo e voltou a sofrer novo adiamento, desta vez com um pedido de vista apresentado pelo vereador Tona.
Projeto enfrenta resistência e sucessivos adiamentos
O projeto, que integra uma política de habitação social promovida pelo Executivo, está tecnicamente aprovado por órgãos ambientais e atende aos critérios que dispensam Estudo de Impacto Ambiental (EIA), por prever número inferior a 80 unidades. Ainda assim, a proposta não avança na Câmara Municipal.
Durante a 12ª sessão ordinária, o prefeito classificou como injustificável o novo pedido de vista, que, segundo ele, prolonga um processo que já deveria estar em fase de votação final.
“Estamos tratando de um projeto que beneficia diretamente quem mais precisa. Cada dia de atraso representa mais tempo de espera para famílias que sonham com uma moradia digna”, afirmou o prefeito em plenário.
Pedido de vista sem alteração gera atrito entre Executivo e Legislativo
Um dos principais alvos das críticas foi o vereador Jacizão, que teria solicitado vista ao projeto mas, de acordo com o prefeito, não apresentou sugestões ou alterações no texto após o prazo legal.
Hugo também afirmou que tentativas de diálogo foram bloqueadas. Segundo ele, a presidente da Câmara, Ana Cláudia, e o próprio Jacizão teriam bloqueado seus contatos após tentativas de conversa via mensagens.
Novo pedido de vista reacende debate sobre manobras políticas
O chefe do Executivo apontou que o uso recorrente de pedidos de vista sem apresentação de alterações concretas configura uma estratégia para atrasar a tramitação da matéria. Ele reiterou que o projeto conta com pareceres técnicos favoráveis.
O vereador Tona, autor do pedido mais recente, alegou necessidade de análise de um documento apresentado em plenário. O material, oriundo da empresa Localiza, data de 31 de março, mas só foi lido oficialmente em 29 de abril, o que, segundo o prefeito, levanta questionamentos sobre sua real intenção.
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