Neta é suspeita de matar a avó com tiro na cabeça

Garanhuns, Pernambuco – A pacata cidade de Garanhuns, no interior de Pernambuco, foi abalada por um crime chocante na última quarta-feira (23). Cícera Ferreira da Silva, de 80 anos, foi encontrada morta com um tiro na cabeça, e a principal suspeita do crime é sua própria neta, Erica Eduarda André da Silva, de 33 anos.

Conforme as investigações da Polícia Civil, o crime ocorreu enquanto Cícera estava em casa apenas na companhia de Erica. Um outro neto da idosa, que residia com ela, havia saído momentos antes para comprar frutas em um comércio próximo, a pedido de Erica, que teria aproveitado o momento para cometer o crime. Após a suspeita de homicídio, Erica foi localizada pela polícia, ainda que houvesse tentado fugir, e conduzida à delegacia, onde foi autuada em flagrante.

A audiência de custódia realizada após a prisão revelou um ponto crítico e sensível no caso: a suspeita de que Erica possa ter transtornos psiquiátricos. Diante disso, a juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Garanhuns optou pela manutenção de sua internação na Colônia Penal Feminina de Buíque, uma vez que o Hospital Dom Moura, onde a acusada estava, não oferece a segurança necessária para esse tipo de caso. Além disso, o Complexo de Saúde Penitenciário (CSP), onde o processo de custódia costuma ocorrer, encontra-se interditado.

A juíza destacou em sua decisão que, “diante da gravidade da conduta, donde deflui a periculosidade concreta da acusada, mantenho a internação provisória”. Também foi apontada a necessidade de instauração de um incidente de insanidade mental para confirmar o quadro de Erica. Este procedimento, a ser conduzido pelo Setor de Psiquiatria Forense do Instituto de Medicina Legal (IML) de Pernambuco, deverá esclarecer em 45 dias se Erica apresenta problemas mentais significativos e, assim, determinar o curso das medidas jurídicas e médicas a serem adotadas.

O crime brutal provocou grande comoção em Garanhuns e reforçou o debate sobre a importância do acompanhamento da saúde mental, especialmente em situações familiares de possível vulnerabilidade. Populares e familiares aguardam ansiosamente a conclusão do laudo psiquiátrico para que se tenha uma perspectiva mais clara sobre o que motivou o crime.

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