Uma enquete realizada no Instagram no dia 1º de maio expôs o sentimento da população sobre a atuação de alguns vereadores de Pires do Rio frente às obras propostas pelo prefeito Hugo Sérgio Batista, conhecido como Hugo do Laticínio. Os dados apontam para uma percepção amplamente negativa do papel dos legisladores municipais no andamento das políticas públicas.
Participação popular e resultados da enquete
Com expressiva adesão de internautas, a sondagem indicou que:
- 81% dos participantes acreditam que os vereadores estão mais atrapalhando do que ajudando nas obras da cidade;
- 10% veem os vereadores como aliados do progresso;
- 3% consideram que os parlamentares não interferem, nem positivamente nem negativamente;
- 6% afirmaram não acompanhar ou não saber opinar sobre o assunto.
Nos comentários, a crítica à atuação da Câmara foi recorrente. Entre os relatos, destaca-se o de um seguidor que escreveu: “Deveriam ajudar o nosso prefeito que quer fazer, mas estes vereadores estão nem aí. Iremos lembrar disso na próxima eleição.” Outros comentários também sugerem que há divisão na atuação parlamentar, com alguns vereadores apoiando a gestão municipal e outros demonstrando resistência.
Projeto habitacional aguarda votação há mais de 30 dias
A insatisfação popular ocorre em meio a um impasse envolvendo um projeto habitacional do Executivo. A proposta prevê a construção de 72 casas populares destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade, com recursos da Agência Goiana de Habitação (AGEHAB), e contrapartida da prefeitura. O prefeito tem criticado publicamente a demora da Câmara Municipal em votar o projeto, que está parado há mais de um mês.
Durante a 12ª sessão ordinária da Casa, na última quarta-feira (30), a votação foi novamente adiada após pedido de vista apresentado pelo vereador Tona. Em discurso na tribuna, Hugo do Laticínio demonstrou frustração e cobrou celeridade. “Estamos tratando de um projeto que beneficia diretamente quem mais precisa. Cada dia de atraso representa mais tempo de espera para famílias que sonham com uma moradia digna”, afirmou o chefe do Executivo.
Recuo e expectativa de votação
Após a sessão, o vereador Tona procurou o prefeito e reconheceu um equívoco. Segundo ele, acreditava que a documentação da empresa Localiza, parceira da prefeitura no projeto, havia sido protocolada recentemente, quando, na verdade, o protocolo foi feito em 31 de março. A leitura oficial do documento, porém, só ocorreu na sessão do dia 30 de abril, o que teria causado a confusão.
Com os esclarecimentos, Tona declarou apoio à proposta e indicou que votará favoravelmente na próxima sessão ordinária, agendada para terça-feira, 6 de maio. A expectativa é de que o projeto seja finalmente apreciado pelo plenário da Câmara Municipal.
Moradia digna e impactos políticos
O projeto habitacional é uma das principais promessas da atual gestão e envolve recursos estaduais e municipais. A aprovação legislativa é uma etapa obrigatória para o início das obras, que beneficiarão diretamente dezenas de famílias do município.
A repercussão da enquete nas redes sociais e o embate entre Executivo e Legislativo revelam um cenário de tensão política que pode influenciar as eleições municipais de 2028. O descontentamento com a atuação dos vereadores, apontado pelos participantes da pesquisa online, poderá se refletir no comportamento do eleitorado nos próximos pleitos.
Enquanto isso, a administração municipal reforça a importância da colaboração entre os poderes. Ao lado da secretária de Assistência Social, o prefeito reiterou que a prioridade da gestão é garantir moradia digna à população mais vulnerável. “Esperamos contar com o apoio dos vereadores para avançar com esse projeto essencial para Pires do Rio”, concluiu.
Uma resposta
Infelizmente tem quem ainda está pensando em dar poder a quem a população já descartou, esquecendo dw real função de um vereador. Atender as necessidades do povo.