A Operação Obra Simulada, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás na última terça-feira (28), revelou irregularidades em 26 obras realizadas pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). Entre os projetos investigados, quatro estão localizados na Região da Estrada de Ferro e acumulam prejuízo de R$ 10 milhões aos cofres públicos.
Em Ipameri, a reforma do aeródromo teve adiantamento de R$ 81.591,18, mas apenas 34,14% da obra foi executada, gerando um prejuízo de R$ 54.736,08. Já em Catalão, a reforma de outro aeródromo apresentou adiantamento de R$ 80.116,36 e execução de apenas 36,38%, resultando em um prejuízo de R$ 51.052,89.
Duas reformas de postos da Polícia Rodoviária Estadual, ambas na rodovia GO-010, também figuram na lista de irregularidades. No trecho entre Silvânia e Leopoldo de Bulhões, foram liberados R$ 371.109,93 para a reforma, mas apenas 2% do serviço foi concluído, acarretando um prejuízo de R$ 361.914,59. Em outro trecho da GO-010, entre Luziânia e Vianópolis, a verba de R$ 317.224,83 foi liberada, porém nenhuma etapa da obra foi executada.
Além do impacto financeiro, a operação culminou na prisão de Lucas Vissotto, ex-presidente da Goinfra, e de mais 14 pessoas. Mandados de prisão e busca foram cumpridos em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal, demonstrando a abrangência da investigação.