A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo solicitou a prisão preventiva do soldado de primeira classe Luan Felipe Alves Pereira, flagrado atirando um homem de uma ponte na região de Cidade Ademar, zona sul da capital paulista. A decisão agora está nas mãos do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo. A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo, e confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Em nota, a SSP informou que “os 13 policiais envolvidos na ação foram imediatamente afastados de suas funções e respondem a um inquérito policial militar (IPM) conduzido pela Corregedoria da PM”. O texto também destacou que o agente responsável pela agressão foi ouvido, e sua prisão foi solicitada à Justiça Militar. O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil, por meio da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO) da 2ª Seccional.
O incidente, ocorrido durante uma perseguição na rua Padre Antônio de Gouveia, foi registrado em vídeo que veio a público na noite de segunda-feira (2), através de reportagens do Jornal da Globo e da GloboNews. Nas imagens, quatro policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), vinculados ao 24º Batalhão da PM, com sede em Diadema, aparecem na ocorrência. Apenas o soldado que jogou a vítima da ponte é alvo do pedido de prisão.
O ato foi inicialmente classificado pela PM como um “grave erro emocional”, mas causou forte impacto negativo na opinião pública e levou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) a adotar um tom mais contundente contra a violência policial. Em declaração nas redes sociais, o governador afirmou: “Policial está na rua pra enfrentar o crime e pra fazer com que as pessoas se sintam seguras. Aquele que atira pelas costas, aquele que chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte, evidentemente não está à altura de usar essa farda. Esses casos serão investigados e rigorosamente punidos”.
O Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, também condenou a ação em suas redes sociais. Segundo Derrite, providências serão tomadas para que atitudes como essa não se repitam.
As investigações continuam, e diligências estão em curso para ouvir a vítima e esclarecer os fatos.