O Rio Grande do Sul enfrenta uma severa intempérie climática nesta quinta-feira (24), com a chegada de um ciclone extratropical que se formou entre o Uruguai e a fronteira brasileira. O fenômeno trouxe ventos intensos, que superaram os 100 km/h na área central do estado, resultando em prejuízos significativos e riscos para a população.
Na capital, Porto Alegre, as chuvas fortes e os ventos que ultrapassaram os 80 km/h têm causado transtornos, com quedas de árvores e fios de eletricidade em diversos bairros. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de Perigo e Grande Perigo para tempestades em todo o estado, prevendo chuvas de até 60 milímetros por hora.
Os avisos do Inmet foram divididos em três níveis de alerta:
- Grande Perigo (vermelho): Abrangendo praticamente todo o Rio Grande do Sul e o oeste de Santa Catarina, válido até as 17h.
- Perigo (laranja): Para o nordeste do Rio Grande do Sul e quase todo o território de Santa Catarina e Paraná, com validade até as 12h desta sexta-feira (25).
- Perigo (amarelo): Aplica-se a quase todo o Rio Grande do Sul e o oeste de Santa Catarina, válido até as 23h.
O comunicado foi emitido às 7h30min e cobre municípios das regiões Metropolitana, Central, Norte, Noroeste, Serra, Vales e partes da Campanha e Sul. As autoridades alertam que as tempestades podem causar danos em edificações, alagamentos e queda de árvores.
Diante da previsão de condições adversas, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) suspendeu as atividades acadêmicas e administrativas presenciais a partir do meio-dia.
As cidades já começam a contabilizar os danos. Em São Francisco de Assis, o telhado de um galpão de cooperativa agrícola foi arrancado pelo vento. Santa Maria registrou rajadas de até 104 km/h na Base Aérea, derrubando árvores e danificando o Hospital Casa de Saúde e a UPA 24 Horas. Em Cacequi, a cobertura de um depósito de calcário foi destruída, enquanto Rosário do Sul enfrentou cortes de energia em diversos bairros. Canoas viu os ventos alcançarem 85 km/h, e em Igrejinha, relatos de destelhamentos têm se acumulado.
Até o momento, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul não divulgou um balanço oficial dos estragos, mas a situação continua a ser monitorada de perto conforme o ciclone avança em direção ao alto-mar e a frente fria se intensifica. A população é orientada a seguir as recomendações das autoridades e evitar deslocamentos desnecessários durante as tempestades.